PROJETO VOAR

Reabilitação soltura e monitoramento de papagaio- verdadeiro (Amazona aestiva) em Minas Gerais

Em 2012, o Waita decidiu investir esforços para devolver à natureza uma das espécies mais capturadas do mundo, o papagaio-verdadeiro (Amazonas aestiva), cujo retorno à natureza é muitas vezes inviável, devido aos problemas comportamentais que os indivíduos que viveram anos em cativeiro apresentam ao chegar ao CETAS.

Graças ao apoio financeiro da Fundação Grupo O Boticário de Proteção à Natureza, o Waita realizou um projeto inédito no Brasil, o “Projeto Voar – manejo, reabilitação, soltura e monitoramento do papagaio mais capturado do mundo, o papagaio-verdadeiro.” Os animais passaram por um processo de quarentena, sendo realizados exames clínicos, físicos, parasitológicos, sanguíneos, sexagem e foram marcados de acordo com o gênero e o grupo que pertenciam. Foram soltos dois grupos, um que passou por um treinamento antipredação e outro não.

Todos indivíduos passaram por treinamento alimentar e de voo e 20% das aves receberam radio-transmissores de sinal VHF. Após a soltura, foram monitorados por um ano, por meio de triangulações utilizando receptores de sinal VHF, bússola e GPS e por observações diretas com o auxílio de binóculos em campanhas quinzenais. Durante o monitoramento foram coletados dados comportamentais dos papagaios, suas interações ecológicas e taxa de sobrevivência, investigando se o treinamento antipredação, gênero e a personalidade dos indivíduos tiveram influência no seu comportamento e sobrevivência.

Através desse projeto, o Waita conseguiu mostrar aos órgãos ambientais e para a sociedade, que mesmo indivíduos muito mansos, com comportamentos anormais para espécies, podem ser treinados e reabilitados para aprenderem a viver novamente na natureza, de onde nunca deveriam ter saído. Os papagaios foram observados alimentando na natureza, formando grupos com indivíduos selvagensda região onde foram soltos e alguns chegaram a reproduzir!

O Projeto Voar foi desenvolvido durante dois anos, em parceria com IBAMA/MG, Instituto Estadual de Florestas – IEF e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), órgãos parceiros fundamentais para realização do mesmo. Os dados coletados no projeto foram tema da dissertação de mestrado da bióloga e pesquisadora voluntária do Waita, Alice Lopes.

Para ver os resultados desse projeto acesse nossas publicações, eles estão publicados em dois artigos científicos e na dissertação de mestrado da pesquisadora Alice Lopes.

Se você deseja receber mais informações sobre esse projeto, entre em contato conosco.

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